Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DANIEL DA ROCHA LEITE

 

é advogado e licenciado pleno em Letras, com habilitação em Língua Alemã. Acredita que a palavra viva escreve imagens. Lança pedras ao rio. E alguém sempre espera as marcas da água. Uma história contada. Um contador de histórias. Contos-poemas que transpirem a natureza da condição humana: sua ternura e contradições.

 

O autor foi 1º lugar em poesia no I FEART,1992; 5º lugar em poesia no Concurso da Academia Paraense de Escritores,1994. Poeta classificado na Antologia de São José dos Campos-SP. Faz parte do livro Glóbulos Negros, 1996-DCE-UFPA; 1º lugar em contos no VII FEART,1998. Está no livro Estes Poetas, 2003-CAL-UFPA. Em 2004 foi Prêmio IAP - Instituto de Artes do Pará, de Literatura com o livro de contos ÁGUAS IMAGINÁRIAS; nesse mesmo ano foi 1º lugar em poesia e 1º lugar em contos no Festival de Arte e Literatura da Assembléia Legislativa. Em 2007 foi selecionado no Edital de Literatura Infanto-Juvenil da Secretaria de Cultura do Estado do Pará com o livro CASA DE FARINHA E OUTROS MUNDOS. Foi Prêmio Carlos Drummond de Andrade, em poesia e esteve entre os finalistas do Prêmio Machado de Assis, em contos pelo SESC-DF. Ainda em 2007, recebeu pela segunda vez o Prêmio IAP na categoria contos com o livro INVISIBILIDADES. Em 2008, com o livro GIRÂNDOLAS ganhou o prêmio Prêmio Samuel Wallace Mac-Dowell da Academia Paraense de Letras. Com o livro de contos AVE EVA, Daniel Leite tem oito livros publicados entre poesia, contos, crônicas e romances, e já acumula 3 premiações pelo IAP.

Fonte da biografia e foto: //www.culturapara.art.br

 

 

 

COLETÂNEA DE POESIAS – PRÊMIO SESC  DE POESIA CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE 2008.  Brasília. DF:  Serviço Social do Comércio do Distrito Federal SESC DF, 2008.  185 p.  Ilus. fotos dos poetas e do júri.  

 

        

         Já é tarde da noite
e os braços das palavras ainda se escrevem ausentes

Por que o
poema?

Essa necessidade de escutar silêncios
a luz insincera de sofrer alguma solidão
ou a velha verdade, o mesmo sol
mais irmãos em uma só humanidade
uma rosa do povo, um mundo mundo.

Não sei

Atiro-me ao mar da página
vasto vazio, branco que cega.

Lanço-me ao granito permeável de colher vidas
alguma palavra no céu-da-
boca
que me acenda uma lua qualquer e me escreva esperança
Não, não consigo me proteger do poema.

Ele me atrai

(atraiçoado
(verso)
e me acende vivo.

O poema que se diz, seduz a flor vermelha escrita de gengivas
E me chama do vácuo de todas as gargantas impossíveis.
Verbo
a nascente de todas as palavras
as mil e uma músicas de todo um mesmo poema.
Quase uma devoção para
se viver.

Tu, que me ensinaste das pedras o rosto de uma canção amiga
Tu, que me ensinaste a pedir à palavra uma palavra, um nexo

um signo
um silêncio     

        me ajuda a viver quando morrer não adianta mais.

Nessa estrada não sou o caminho

                                                Não sei do saber das palavras a
pedra.
Apenas sei das minha mão algum gesto de gentes        
um verbo aquarela que persigo.
O meu nome de águas que lança pedras ao rio.
Tu me dirás:  segue

Se o rio é ir ao encontro. É ser palavra.

Sim, eu sei.
Guardo as tuas marcas em minhas duas mãos esquerdas 
e me abandono, mais uma vez, em minha outra parte só
nos meus ecos de ausência e solidão. A cor das vozes
o cio que pinga de toda a
palavra
camaleão de todas as linguagens em meus mundos.

Sim, eu seu
esse poema nunca vai estar pronto
assim como toda poesia nunca é livre
apenas sei das tuas palavras em mim

tua foto
grafia.
Um obrigado,
muito obrigado, poeta.
 

 

 

 

VII ANUÁRIO DA POESIA PARAENSEAirton Souza organizador.  Belém: Arca Editora, 2021.  221 p.  ISBN 978-65-990875-5-4    
Ex. Antonio Miranda

sopro

esse silêncio risca a palavra
faísca marcar inscreve agasta
a palavra cavalo
o silêncio acavala
arrasta arresta fere a ré
o silêncio desdiz a palavra
solda verbo e voz
língua limalha
a lei forja cala galope golpeia

o silêncio lê a palavra
açoita reza salva e serve

                                              

                                             rês pasto palavra
silêncio ferro a rédea
silêncio cabresto
cabreira palavra
ruminante sal silêncio

berrante
sangue e cálice
marcar o rebanho marcar palavras
uma escrita na pele fogo e ferimento

nomear um mundo ser o dono
carro de boi à espera ser o silêncio

                                                           curral
heil, hell

fé e rosário de fomes
uma língua cintila
febre aço líquido nos dentes
desbasta
fado e fardo

o capataz deposto
a porteira arrebentada
uma palavra

                                                              pasta no mundo
(espuma)
(estoura)

     boiada.

 

*

VEJA e LEIA outros poetas do PARÁ em nosso Portal:

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/para/para.html

 

Página ampliada e republicada em março de 2022

 

 

 

 

 

Página publicada em agosto de 2020


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar